sábado, 17 de outubro de 2015

Um Diagrama do Reino de Deus



Orson Hyde
O diagrama acima mostra a ordem e a unidade do reino de Deus. O Pai eterno senta-se à cabeça, coroado Rei dos reis e Senhor dos senhores. Onde quer que as outras linhas se encontrem, senta-se um rei e sacerdote para Deus, possuindo governo, autoridade e domínio abaixo do Pai. Ele é um com o Pai, pois seu reino é somado ao de seu Pai e torna-se parte dele.
Os mais eminentes e distintos profetas que deram suas vidas por seu testemunho (Jesus entre os demais), serão coroados à cabeça dos maiores reinos sob o Pai, e serão um com Cristo, como Cristo é um com seu Pai; pois seus reinos estão todos juntos, e aqueles que cumprem a vontade do Pai são suas mães, irmãs e irmãos. O que foi fiel sobre poucas coisas, será feito governante sobre muitas coisas; o que foi fiel sobre dez talentos, terá domínio sobre dez cidades, e o que foi fiel sobre cinco talentos, terá domínio sobre cinco cidades, e para cada homem será dado um reino de acordo com seus méritos, poderes e habilidades para governar e controlar. Vê-se pelo diagrama acima que há reinos de todos os tamanhos em infinita variedade para contemplar todos os graus de mérito e habilidade. Os vasos escolhidos do Senhor são os reis e sacerdotes colocados à cabeça desses reinos. Estes receberam suas abluções e unções no templo de Deus nesta terra; foram escolhidos, ordenados e ungidos reis e sacerdotes, para reinarem como tais na ressurreição dos justos. Aqueles que não receberam a plenitude do sacerdócio (pois a plenitude do sacerdócio inclui a autoridade de rei e sacerdote) e não foram ungidos e ordenados no templo do Altíssimo podem obter salvação no reino celestial, mas não uma coroa celestial. Muitos são chamados para desfrutar de uma glória celestial, mas poucos são escolhidos para usar uma coroa celestial, ou seja, para serem governantes no reino celestial.
Enquanto esta porção de eternidade em que agora vivemos, chamada tempo, continua, e enquanto as outras porções de eternidade em que poderemos habitar daqui em diante continuam, as linhas no diagrama representando reinos continuarão a estender-se e serem aumentadas; portanto, o aumento de nossos reinos aumentará o reino de nosso Deus, tal como disse Daniel: “do aumento de seu reino e governo não haverá fim”. Todos esses reinos serão um reino, e há um Rei sobre os reis e um Senhor sobre os senhores. Há muitos Senhores e muitos Deuses, pois são chamados Deuses aqueles a quem vem a palavra de Deus, e a palavra de Deus vem a todos esses reis e sacerdotes. Mas para nosso ramo do reino não há senão um só Deus, ao qual devemos a mais perfeita submissão e lealdade; no entanto, nosso Deus é tão sujeito a inteligências ainda maiores,quanto nós devemos ser a ele.
A grande falta de todas as nações tem sido a adoração de mais de um Deus. Sabendo que havia mais de um Deus, procuraram adorar tudo o que imaginaram. Mesmo sabendo que há mais de um soberano sobre os reinos deste mundo, não seria uma tolice extrema para um inglês tentar servir outros reis e governantes, sendo um súdito de Sua Majestade e vivendo em seus domínios? Com certeza seria: sua Rainha teria inveja. Mas caso não houvesse outro poder a servir, não haveria lugar para medo ou suspeita. Se houvesse apenas um homem sobre a terra, ele não sentiria ciúmes por sua esposa. Nosso Deus diz que é um Deus zeloso; mas como seria zeloso se fosse o único Deus?
Tais reinos, que são um reino, são destinados a estender-se até não somente compreender este mundo, mas cada outro planeta que gira no firmamento azul do céu. Portanto, todas as coisas serão reunidas em uma durante a dispensação da plenitude dos tempos, e os Santos não possuirão apenas a terra. Mas todas as outras coisas, pois diz Paulo, “tudo é vosso: seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, sejam as coisas presentes, sejam as futuras, tudo é vosso, e vós de Cristo, e Cristo de Deus”.
 “A Diagram fo the Kingdom of God”, Millenial Star, 09 (15 de janeiro de 1847), p. 23-24.

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