Orson Hyde
O diagrama
acima mostra a ordem e a unidade do reino de Deus. O Pai eterno senta-se à
cabeça, coroado Rei dos reis e Senhor dos senhores. Onde quer que as outras
linhas se encontrem, senta-se um rei e sacerdote para Deus, possuindo governo,
autoridade e domínio abaixo do Pai. Ele é um com o Pai, pois seu reino é somado
ao de seu Pai e torna-se parte dele.
Os mais
eminentes e distintos profetas que deram suas vidas por seu testemunho (Jesus
entre os demais), serão coroados à cabeça dos maiores reinos sob o Pai, e serão
um com Cristo, como Cristo é um com seu Pai; pois seus reinos estão todos
juntos, e aqueles que cumprem a vontade do Pai são suas mães, irmãs e irmãos. O
que foi fiel sobre poucas coisas, será feito governante sobre muitas coisas; o
que foi fiel sobre dez talentos, terá domínio sobre dez cidades, e o que foi
fiel sobre cinco talentos, terá domínio sobre cinco cidades, e para cada homem
será dado um reino de acordo com seus méritos, poderes e habilidades para
governar e controlar. Vê-se pelo diagrama acima que há reinos de todos os
tamanhos em infinita variedade para contemplar todos os graus de mérito e
habilidade. Os vasos escolhidos do Senhor são os reis e sacerdotes colocados à
cabeça desses reinos. Estes receberam suas abluções e unções no templo de Deus
nesta terra; foram escolhidos, ordenados e ungidos reis e sacerdotes, para reinarem
como tais na ressurreição dos justos. Aqueles que não receberam a plenitude do
sacerdócio (pois a plenitude do sacerdócio inclui a autoridade de rei e
sacerdote) e não foram ungidos e ordenados no templo do Altíssimo podem obter
salvação no reino celestial, mas não uma coroa celestial. Muitos são chamados
para desfrutar de uma glória celestial, mas poucos são escolhidos para usar uma
coroa celestial, ou seja, para serem governantes no reino celestial.
Enquanto
esta porção de eternidade em que agora vivemos, chamada tempo, continua, e
enquanto as outras porções de eternidade em que poderemos habitar daqui em
diante continuam, as linhas no diagrama representando reinos continuarão a
estender-se e serem aumentadas; portanto, o aumento de nossos reinos aumentará
o reino de nosso Deus, tal como disse Daniel: “do aumento de seu reino e
governo não haverá fim”. Todos esses reinos serão um reino, e há um Rei sobre
os reis e um Senhor sobre os senhores. Há muitos Senhores e muitos Deuses, pois
são chamados Deuses aqueles a quem vem a palavra de Deus, e a palavra de Deus
vem a todos esses reis e sacerdotes. Mas para nosso ramo do reino não há senão
um só Deus, ao qual devemos a mais perfeita submissão e lealdade; no entanto,
nosso Deus é tão sujeito a inteligências ainda maiores,quanto nós devemos ser a
ele.
A grande
falta de todas as nações tem sido a adoração de mais de um Deus. Sabendo que
havia mais de um Deus, procuraram adorar tudo o que imaginaram. Mesmo sabendo
que há mais de um soberano sobre os reinos deste mundo, não seria uma tolice
extrema para um inglês tentar servir outros reis e governantes, sendo um súdito
de Sua Majestade e vivendo em seus domínios? Com certeza seria: sua Rainha
teria inveja. Mas caso não houvesse outro poder a servir, não haveria lugar
para medo ou suspeita. Se houvesse apenas um homem sobre a terra, ele não
sentiria ciúmes por sua esposa. Nosso Deus diz que é um Deus zeloso; mas como
seria zeloso se fosse o único Deus?
Tais reinos,
que são um reino, são destinados a estender-se até não somente compreender este
mundo, mas cada outro planeta que gira no firmamento azul do céu. Portanto,
todas as coisas serão reunidas em uma durante a dispensação da plenitude dos
tempos, e os Santos não possuirão apenas a terra. Mas todas as outras coisas,
pois diz Paulo, “tudo é vosso: seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o
mundo, seja a vida, seja a morte, sejam as coisas presentes, sejam as futuras,
tudo é vosso, e vós de Cristo, e Cristo de Deus”.
“A
Diagram fo the Kingdom of God”, Millenial Star, 09 (15 de janeiro de 1847), p.
23-24.
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