O Presidente Spencer W. Kimball disse:
"Como os irmãos sabem, no dia nove de junho uma política mudou, afetando grandes números de pessoas pelo mundo afora. Milhões e milhões de pessoas sentirão os efeitos desta revelação que nos veio. Eu
me recordo vividamente que durante um tempo eu caminhava todos os dias
ao templo e subia até o quarto andar onde se realizam as assembléias
solenes e onde se realizam as reuniões dos Doze com a Primeira
Presidência. Depois que todos haviam saído do templo, eu me ajoelhava e
orava. Orava com muito fervor, pois eu sabia que perante nós estava algo
extremamente importante para muitos filhos de Deus. Eu sabia que só
poderíamos receber as revelações do Senhor se fôssemos dignos e se
estivéssemos prontos para recebê-las, aceitá-las e pô-las em prática.
Dias após dias eu ia sozinho com grande solenidade e seriedade ás salas
superiores do templo e lá oferecia minha alma e oferecia meus esforços
de levar a obra adiante. Eu queria fazer o que Ele quisesse. Eu
conversava com Ele e dizia: 'Senhor, eu só quero fazer o que é certo.
Não estamos fazendo plano algum para lançá-lo de modo espetacular. Só
queremos aquilo que tu queres, e queremo-lo na hora que tu decidires e
antes disso não.'
"Horas
após horas nós nos reuníamos com o Conselho dos Doze na sala sagrada
onde há um quadro do Salvador que representa suas diferentes disposições
e onde também há quadros de todos os presidentes de Igreja. Por fim
sentimos a impressão do Senhor que nos revelou de forma muito clara que
isto era o que se devia fazer para tornar universal para todas as
pessoas dignas o evangelho."
O élder Bruce R. McConkie declarou: "Aconteceu num dia glorioso de junho
de 1978. Todos nós estávamos reunidos na sala superior do Templo de Salt
Lake. Oramos fervorosamente, rogando ao Senhor que manifestasse sua
mente e vontade concernentes áqueles que têm direito de receber o santo
sacerdócio. O próprio Presidente Kimball serviu de porta-voz, oferecendo
os desejos de seu coração e de nosso coração áquele Deus cujos servos
somos." Antes disso, durante a mesma reunião, o Presidente Kimball já
havia discutido a possível concessão do sacerdócio a todas as raças. O
élder McConkie continua: "O Presidente repetiu o assunto em pauta,
lembrou-nos das reuniões prévias e disse que havia passado muitos dias
sozinho na sala superior, suplicando ao Senhor uma
resposta a nossas orações. Ele disse que se a resposta fosse continuar a
seguir a política em vigor de negar o sacerdócio aos descendentes de
Caim, como o Senhor havia antes ordenado, estaria preparado a defender a
decisão até a morte. Porém, ele disse, se a hora muito esperada tivesse
chegado em que a maldição do passado seria removida, ele achava que
poderíamos convencer o Senhor a manifestar-se. Ele comunicou sua
esperança que recebêssemos uma resposta clara, sim ou não, para que
houvesse uma solução definitiva."
James E. Faust:
Uma
semana depois da reunião a que o élder McConkie se referiu..."Todas as
autoridades gerais foram convocadas á sala superior do templo para uma
reunião especial. O Presidente Kimball anunciou a revelação, a qual foi
recebida com grande alegria por todos os irmãos. A caminho da reunião eu
caminhava como um dos outros presidentes do Primeiro Quórum dos Setenta
(naquela época eu não era membro do Quórum dos Doze). Meu querido
colega me perguntou se eu achava que a reunião era a respeito de certo
problema corrente e eu indiquei que achava que não, sem comentar mais a
respeito do assunto. No íntimo, porém, eu esperava que se fosse anunciar
uma revelação como a que de verdade veio. Ninguém havia indicado que
tal anúncio estava para vir, mas os meus sentimentos se baseavam na
inquietação provinda do Espírito.
As
próprias palavras do Presidente Kimball é que melhor descrevem o
evento: "Tivemos a experiência gloriosa do Senhor manifestar-se
claramente que a hora havia chegado em que todos os homens e mulheres em
todo lugar podem ser co-herdeiros e plenos participantes de todas as
bênçãos do evangelho. Quero, como testemunha especial do Salvador, que
os irmãos saibam quão perto dele e de nosso Pai Celestial me senti ao
estar numerosas vezes na sala superior do templo, indo sozinho muitas
vezes ao longo de muitos dias. O Senhor me revelou de maneira claríssima
o que se deveria fazer. Não supomos que as pessoas do mundo possam
entender tais coisas, pois sempre se apressam para inventar suas
próprias explicações ou desprezar o processo divino de revelação."
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