" É comum pensar que o relativismo em ética seja garantido pela vasta diferença de opiniões morais em uma sociedade. As opiniões morais a respeito do aborto ou da esmola seriam relativas, pois alguns as aceitam e outros as criticam. Há uma espécie de relativismo nesse pensamento, mas necessita ser especificado. O relativismo é uma tese metafísica, ou seja, é uma afirmação sobre a realidade, sobre como as coisas são. Para o relativismo, não há padrões universais ou verdades absolutas. O infanticídio, por exemplo, pode ser aceito em algumas culturas e rejeitado por outras, sem que haja alguma forma de determinar se esse ato é em si moralmente permitido ou errado."
Marco Aurélio Caetano Oliveira
Mestre em Filosofia (UFRJ, 2012)
Especialista em Planejamento, Implementação e Gestão da Educação (UFF, 2015)
Graduado em Filosofia (UFRJ, 2010)
Especialista em Planejamento, Implementação e Gestão da Educação (UFF, 2015)
Graduado em Filosofia (UFRJ, 2010)
Nossa capacidade de aceitar alguns padrões de
moralidade parece que tem mudado muito nos últimos anos, por isso tenho
pensado muito em como alguns conseguem relativizar tudo. Alguns de nós
consegue encontrar justificativa para todos os atos humanos por mais descabidos
que sejam. Algum tempo atrás vi um antropólogo tentar justificar o
infanticídio, algumas sociedades antigas rejeitavam e outras aceitavam, é
importante lembrar que os padrões morais não são exclusivos de um lado ou
outro. Vemos esquerda ou direita, cristão ou ateus todos no mesmo barco das
ações condenáveis pela história, temos genocidas em ambos os lados. Stalin ou
Mussolini de um lado e de outro o massacre da inquisição aos Cristãos feitas
por outros que se diziam cristão ou o genocídio judaico por Hitler.
Em todos os
exemplos temos pessoas que justificaram seus atos, relativizando sua moral,
encontrando meios para "limpar" a culpa.
Quero citar algo
que gosto muito: "E a verdade é o conhecimento das coisas como
são, como foram e como serão;" D&C 93:24
Aqueles que acreditam que não existe verdade absoluta são em sua
maioria pessoas que tentam justificar seus atos falhos e tentam minimizar a
culpa interna.
Acredito que o caráter, a moral e a ética devem estar alinhados e que
a interseção deles é o que há de melhor no ser humano. Acredito também, que a
verdade pode nos ajudar a conquistar esse terreno que tem confluência.
Cito Elder Oaks que fala com muita força sobre certo e errado:
“Fazemos bem em preocupar-nos com nosso
alicerce moral. Vivemos num mundo em que um número cada vez maior de pessoas
influentes ensina e coloca em prática a crença de que não há certo ou errado
absolutos, que toda autoridade e todas as regras de comportamento são decisões
humanas que podem prevalecer sobre os mandamentos de Deus. Muitos até
questionam a existência de Deus.” Elder Dallin H. Oaks
Até que ponto devemos tolerar e permanecer juntos
ao erro e engano? Quando sabidamente reprovado pelo SENHOR, penso eu que não devemos
tolerar, sei bem que pessoas que amamos e que tem nosso sangue podem estar
nesse perfil, isso é uma das ironias da eternidade. Acredito também que isso
acontece propositalmente para nos ajudar a amadurecer.
Devemos Tolerar? Até que ponto?
O Presidente Boyd K. Packer, Presidente do Quórum dos Doze
Apóstolos, ensinou: “A palavra tolerância nunca está
sozinha. Exige um objeto e uma reação para qualificá-la como virtude. (…) A
tolerância é frequentemente cobrada, mas raramente retribuída. Cuidado com a
palavra tolerância. É uma virtude muito instável”.
“Tenho certeza de que concordamos que os ateus ou que não tenham
nenhuma crença religiosa professada podem ser, e de fato são, pessoas boas e
justas. Mas nós não concordaríamos que é possível que isso aconteça sem Deus na
equação”, disse o Élder Christofferson. “[Toda pessoa] tem a Luz de Cristo e,
portanto, possui um senso de certo e errado que às vezes chamamos de
consciência.”
“Em uma sociedade pluralista, podemos debater quais valores devem
ser consagrados nas leis ou nos regulamentos e o que é certo, errado ou
verdade. Mas no final, com relação a qualquer assunto, ponto de vista de um
indivíduo ou até mesmo de um grupo sobre o que é verdade prevalece e todos
aceitam”, explicou o Élder Christofferson.
“Resistir, racionalizar e fingir não vão dar certo. Somente o
arrependimento e a obediência à verdade podem refletir a ‘autenticidade’ que
muitos cobiçam. Somente o arrependimento e a obediência à verdade podem
preservar e aumentar a nossa felicidade e liberdade”, ensinou o Élder
Christofferson.
“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas
luz, e da luz, trevas; e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!
Ai dos que são
sábios aos seus próprios olhos, e prudentes diante de si mesmos!” Isaías 5:20-21
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