O estado das pessoas cuja aparência e natureza são mudadas
temporariamente — isto é, elevadas a um grau espiritual maior — para
que possam suportar a presença e a glória de seres celestiais.
Mateus, Marcos e Lucas registram com algum detalhe um incidente em
uma montanha quando Jesus e três discípulos foram orar em algum momento de
outubro, apenas seis meses antes da morte de Jesus (ver Mateus 17: 1–3; Marcos
9: 2–8; Lucas 9: 28–36) . Dois participantes, Pedro e João, provavelmente
mencionaram esse episódio inspirador em seus escritos pessoais. Pedro relembra
os eventos em sua carta de despedida escrita por volta de 64 d.C. (ver 2 Pedro
1: 16–19). João pode ter se referido a essa experiência em seu relato do
evangelho (ver João 1:14)
Transfiguração de Cristo
Pedro, Tiago, e João viram o Senhor glorificado e transfigurado
diante deles. O Salvador havia antes prometido que Pedro receberia as chaves do
reino dos céus (Mt. 16:13–19; 17:1–9; Mc. 9:2–10; Lc. 9:28–36; 2 Ped.
1:16–18). Nesse importante acontecimento, o Salvador, Moisés e
Elias, o profeta, deram as chaves do sacerdócio prometidas a Pedro, Tiago, e
João. Com essas chaves do sacerdócio, os apóstolos tinham o poder para
continuar a obra do reino depois da Ascensão de Jesus.
Joseph Smith ensinou que no Monte da Transfiguração, Pedro, Tiago,
e João também foram transfigurados. Eles tiveram uma visão da Terra como será
em seu futuro estado glorificado (D&C 63:20–21).
Eles viram Moisés e Elias, o profeta, dois seres transladados, e ouviram a voz
do Pai. Disse o Pai: “Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o”
(Mt. 17:5).
"A Transfiguração, o nome
comumente associado a uma experiência narrada por Mateus, Marcos e Lucas, é um
dos eventos mais importantes no ministério mortal de Jesus. É uma história
sobre Jesus da perspectiva de Deus, e é dada para o benefício. dos discípulos.
Quando analisados em conjunto, os relatos sinóticos da Transfiguração
fornecem uma surpreendente tapeçaria de tradições, variações da mesma história
criadas para uso específico durante as décadas seguintes à morte e ressurreição
de Jesus." (Richard Neitzel Holzapfel)
(GEE “Transfiguração”). A transfiguração faz com que suportemos
visões da eternidade, mas aparentemente pode nos alienar de tal modo que não
sabemos se estamos no corpo ou fora do corpo (II Coríntios 12:4). A
transfiguração é temporária, e, portanto, difere da transladação (GEE “Transladação”).
Dale C. Mouritsen - A transfiguração dos mortais consiste em uma
mudança física e espiritual temporária, permitindo-lhes não apenas contemplar a
glória de Deus, mas também entrar em sua presença. É caracterizada pela
iluminação de semblante como Moisés experimentou (Moisés 1:11; Êxodo 34: 29-35)
e acontece por uma infusão do poder de Deus (Mormon Doctrine, p. 725). Como
Deus é um ser de glória transcendente, é impossível que homens e mulheres
entrem em sua presença sem que seus corpos físicos sejam espiritualmente
"vivificados". O Profeta Joseph Smith explicou que Deus "habita
no fogo eterno; carne e sangue não podem ir para lá, pois toda corrupção é
devorada pelo fogo. "Nosso Deus é um fogo consumidor" (Ensinamentos
do Profeta Joseph Smith, p. 367; cf. Hb 12:29; Dt 4:24). A transfiguração
concede aos indivíduos uma condição temporária compatível com a divindade e
permite que eles vejam Deus face a face.
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