quinta-feira, 4 de agosto de 2016
A Relatividade do Tempo
D&C 130:4-7
Diversas escrituras sugerem que a maneira como os homens entendem o tempo aqui na terra, provavelmente não é a mesma em todo o universo. Alma 40:8 sugere que somente o homem calcula o tempo, e que para Deus tudo será como um dia. Outras passagens dão a entender que todas as coisas estão presentes diante do Senhor (ver D&C 38:2i Moisés 1:6). Os versículos 4 a 7, da seção 130, ressaltam um conceito semelhante, ou seja, de que o passado, presente e futuro estão continuamente na presença de Deus, e que o tempo é relativo ao planeta em que vivemos. Somente no século vinte o campo da física começou a se referir ao tempo e espaço de uma forma que corresponde a estas declarações elucidatórias. Na primeira parte deste século, Albert Einstein desenvolveu a idéia conhecida como teoria da relatividade. Ele defendia que algumas coisas que consideramos como absolutas no mundo físico como o espaço, gravidade, velocidade, movimento, tempo não era!? absolutas de forma alguma, mas inter-relacionadas. E por isto que essa teoria foi chamada de teoria da relatividade. Os físicos atualmente concordam que o cálculo de tempo de uma pessoa sofrerá variação, dependendo da posição relativa que ela ocupa no espaço. Einstein também demonstrou que, se um corpo se move em alta velocidade (igual ou aproximada à velocidade da luz, que é de 300.000 quilômetros por segundo), aquele objeto diminui de velocidade com relação ao tempo do objeto que está na terrai e que, para o corpo que se acha em movimento, o espaço se contrai ou encolhe. Em outras palavras, o tempo e o espaço não são duas coisas separadas, mas inter-relacionadas. Os físicos chamam a este fenômeno de contínuo do espaço-tempo. Se um astronauta viajasse no espaço a uma velocidade semelhante à da luz, embora para ele tudo parecesse perfeitamente normal, para alguém que estivesse na terra pareceria como se seu relógio estivesse andando mais devagar, seu coração batendo mais lentamente, seu metabolismo operando com lentidão, e assim por diante. Ele realmente envelheceria mais devagar que qualquer pessoa que permaneceu na terra. Embora a mente finita tenha a tendência de rejeitar tais conceitos, a teoria de Einstein sugere que os homens são vítimas de sua própria percepção limitada. A realidade para eles é produto de sua relativa posição no contínuo do espaço-tempo. Segundo esta teoria, se um ser alcançasse a velocidade da luz, para ele todo o espaço se contrairia a ponto de se tomar "aqui" para ele, e todo o tempo passaria tão lentamente, que se tomaria "agora" para ele. As descrições de Deus usam termos relacionados à luz, para dar uma idéia de sua natureza. Ele é um ser cheio de luz e glória. A teoria da relatividade sugere que, para um personagem de luz, todo o espaço e todo o tempo estariam presentes! Por incrível que pareça esse conceito, experiências cada vez mais sofisticadas continuam a comprovar a descrição teórica de Einstein concernente às realidades do universo. Lael Woodbury, deão do Colégio de Belas-Artes e Comunicações da Universidade Brigham Young, falou sobre a forma de o homem calcular o tempo em contraste com a maneira de Deus, em um discurso patrocinado pelo Sistema Educacional da Igreja: "A evidência demonstra que Deus ... entende o tempo do modo que compreendemos o espaço. É por esta razão que 'todas as coisas esi:ão diante dele, e todas as coisas estão em seu derredori ele está acima de todas as coisas, e em todas as coisas, através de todas as coisas' (D&C 88:41). O tempo, como o espaço, está 'continuamente diante do Senhor'. .. " ... Agora mesmo compreendemos a música no tempo como um cego percebe a forma no espaço - em seqüência. Ele explora o objeto com os dedos, sentindo a forma, textura, contornos e ritmo. Ele retém cada percepção na mente, uma por uma, cuidadosamente acrescentando uma informação a outra, até sintetizar o seu conceito da forma que aquela coisa ocupa no espaço. Nós, que enxergamos, agimos de maneira diferente. De imediato percebemos um objeto no espaço que ocupa. Simplesmente olhamos para ele, e até certo ponto o 'conhecemos'. Não temos uma idéia dele através de uma seqüência ou processo somatório. Entendemos o que ele é e somos capazes de distingui-lo de qualquer outro objeto. "Estou sugerindo que Deus compreende o tempo tão instantaneamente quanto entendemos o espaço. Para nós é difícil entender o tempo. Faltando-nos maior conhecimento, somos cegos no tocante a ele como um cego o é com relação ao espaço. Percebemos o tempo da mesma forma que fazemos com a música - em seqüência. Examinamos o ritmo, a intensidade, amplitude, tex'tura, tema, harmonias, paralelos e contrastes. E, através da percepção, sintetizamos nosso conceito do objeto ou evento -a obra musical - que existia inteiramente antes de começarmos a examiná-la. "Igualmente completa é a vida de cada um de nós diante do Senhor. Examinamo-la em seqüência, porque somos cegos ao tempo. Mas o Senhor entende o tempo e o espaço, e nos vê como somos, e não como nos estamos tomando. Somos, para ele, seres sem restrição de tempo. Estamos continuamente diante dele -a totalidade de nossa psique, personalidade, corpo, escolha e comportamento." (Continually before the Lord. Comissioner's Lecture Serie [Provo: Brigham Young University Press, 1974), pp. 5-6.) A teoria de Einstein é apenas uma teoria, embora venha sendo comprovada dia a dia como uma representação válida da realidade. A maneira como Deus opera pela vastidão do espaço e a eternidade do tempo não foi revelada em detalhes específicos, mas a informação concedida ao homem está em harmonia com o que os físicos estão descobrindo acerca do inter-relacionamento de espaço e tempo. Embora não possamos definitivamente afirmar como Deus opera, a física modema sugere, considerando que ele é realmente um ser de luz, que o passado, o presente e o futuro estão continuamente diante dele.
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