quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Primeira Visão - Primeiro relato



 Joseph Smith-História
Relato de 1832
Esta narrativa de 1832, escrita pela própria mão do Profeta, contém o relato mais antigo existente da Primeira Visão de Joseph. 



Aos doze anos, aproximadamente, meu espírito se impressionou seriamente com várias preocupações e com o bem-estar de minha alma imortal, o que me levou a examinar as escrituras, pois eu acreditava, conforme me foi ensinado, que elas continham a palavra de Deus. Portanto, apliquei as escrituras a mim mesmo, mas o comportamento das pessoas das diversas seitas me deixou confuso, pois logo descobri que não honravam sua profissão, nem por comportamento santo, nem por conduta piedosa, conforme aquilo que eu havia encontrado nas sagradas escrituras. Isso me afligia a alma e por isso tenho contemplado seriamente, desde os doze anos até quinze, muitos aspectos da situação atual da humanidade, das contendas e divisões, das iniqüidades e abominações, e da escuridão que penetravam o pensamento dos homens. Meu ser se tornou muito inquieto ao sentir-me condenado por meus próprios pecados; e ao examinar as escrituras, descobri que a humanidade não havia se aproximado do Senhor e sim, havia se apostatado da fé verdadeira e viva e que não havia comunidade nem seita edificada sobre o evangelho de Jesus Cristo, de acordo com os princípios do Novo Testamento. Fui levado a lamentar meus pecados e os pecados do mundo, pois eu havia aprendido através das escrituras que Deus era o mesmo ontem, hoje e para sempre e que não fazia acepção de pessoas porque era Deus. Eu contemplei o sol, a gloriosa luminária da Terra, e também a lua, ao passarem majestosamente pelos céus...
... e também as estrelas brilhantes lá nos céus e eu aqui na terra. Contemplei também os animais do campo e as aves do céu e os peixes do mar e, sobretudo o homem que transita pela face da terra na sua glória e força assombrosas, cujo poder e inteligência em governar as coisas são grandes e maravilhosos, até semelhantes aos daquele que nos criou. Quando considero estas coisas, do âmago exclamo: "Falou bem o sábio que declarou que só o tolo diz em seu coração que não existe Deus." Minha alma clama que tudo testemunha e indica que há um poder onipotente e onipresente, um ser que cria leis e decreta e sela todas as coisas dentro de seus limites, que enche a eternidade e que era, é e será de eternidades em eternidades. Ao contemplar todas estas coisas e o fato daquele Ser procurar pessoalmente a quem O adorem entre aqueles que O adoram em espírito e em verdade, roguei ao Senhor que Ele fosse misericordioso comigo, pois não havia outro a quem eu pudesse recorrer e obter a misericórdia. E o Senhor ouviu meu pranto no deserto.... e enquanto eu invocava o Senhor (no décimo sexto ano de minha idade) uma coluna de luz acima do brilho do sol ao meio dia desceu e pairou sobre mim e enchi-me do Espírito de Deus e o Senhor me abriu o céu e vi o Senhor e Ele me falou, dizendo: "Joseph, meu filho, teus pecados te são perdoados." ...
... Prossegue e anda de acordo com os meus estatutos e guarda meus mandamentos. Eis que sou o Senhor glorioso e fui crucificado pelo mundo para que todos aqueles que cressem no meu nome tivessem a vida eterna. Eis que o mundo jaz no pecado neste momento e ninguém faz o bem, não, nenhum deles, pois se desviaram do meu evangelho e não guardam meus mandamentos, aproximando-se de mim com os seus lábios ao passo que seu coração está longe de mim. E a minha ira está acesa contra os habitantes da terra e visitá-los-ei por causa de sua iniqüidade para levar a efeito tudo que se falou pela boca de meus profetas e apóstolos. “Eis que minha vinda será logo e rápida, conforme foi escrito, nas nuvens vestido da glória do meu Pai.” Minha alma se encheu de amor e por muitos dias eu pude regozijar-me com grande alegria, pois o Senhor estava comigo. Mas não pude encontrar ninguém que cresse na minha visão celestial. Não obstante ponderei e guardei estas coisas no íntimo.
Relato de Joseph Smith de seu Diário
(9 de novembro de 1835)
 

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