Muitos ignoram a consagração por parecer algo muito abstrato ou desanimador. Contudo, a pessoa cônscia de suas imperfeições sente o descontentamento divino em relação a seu pequeno progresso associado à procrastinação. Seguem-se, portanto, alguns conselhos para os membros da Igreja, confirmando essa orientação, incentivando-os a prosseguirem a jornada e consolando-os ao encontrarem algumas dificuldades.
A disposição de
sermos espiritualmente submissos não é algo que desenvolvemos
instantaneamente, mas, sim, gradualmente, subindo os degraus que, afinal
de contas, foram feitos mesmo para serem galgados um a cada vez. Nossa
vontade pode chegar a ser “absorvida pela vontade do Pai” e estaremos
“dispostos a submeter-[nos] (…) como uma criança se submete a seu pai”.
(Ver Mosias 15:7; Mosias 3:19.) Caso contrário, embora nos esforcemos,
continuaremos sendo fustigados pela turbulência do mundo por estarmos
parcialmente afastados do rumo.
Seria útil
analisarmos alguns exemplos de consagração temporal. Quando “Ananias e
Safira venderam suas propriedades, eles “[retiveram] parte do preço”.
(Ver Atos 5:1–11.) Muitos de nós nos apegamos firmemente a uma “parte”
específica de nós mesmos, tratando nossas obsessões como se fossem
propriedades. Assim sendo, não importa quanto já tenhamos dado, a última
porção é a mais difícil de ser ofertada. É claro que uma oferta parcial
continua sendo louvável, mas se assemelha muito a uma desculpa do tipo
“já contribuí no ano passado”. (Ver Tiago 1:7–8.)
Podemos ter, por
exemplo, um conjunto específico de habilidades e talentos que, sem
dúvida alguma, são nossos. Se continuarmos a apegar-nos a eles mais do
que a Deus, estaremos deixando de obedecer plenamente ao primeiro
mandamento. Como Deus está nos “apoiando de momento a momento”, o
excesso de apego e devoção a essas coisas não são recomendáveis! (Mosias
2:21)
Outra pedra de
tropeço surge quando servimos a Deus generosamente com nosso tempo e
dinheiro, mas continuamos retendo parte de nosso eu interior, o que
implica que ainda não somos inteiramente Seus!
Alguns encontram
muita dificuldade quando determinadas tarefas chegam ao fim. João
Batista, porém, foi um grande exemplo, ao declarar o seguinte acerca do
crescente número de seguidores de Jesus: “É necessário que ele cresça e
que eu diminua”. (João 3:30) A falsa noção de que nossas designações são
o único indicador de quanto Deus nos ama aumenta nossa relutância em
desapegar-nos delas. Irmãos e irmãs, nosso valor individual já foi
divinamente determinado como sendo “grande”, e não varia com as
oscilações da bolsa de valores.
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