terça-feira, 15 de novembro de 2016

O Tempo não tem Princípio nem Fim




“No princípio (...)” Essas primeiras palavras do livro de Gênesis suscitam diversas indagações para o estudioso da história da Terra e, portanto, merecem uma breve explanação.
Em primeiro lugar devemo-nos lembrar de que em sentido absoluto nunca existiu um “princípio”. O Presidente Brigham Young assim colocou esta questão:
“Nunca houve tempo em que (...) não existisse homens passando pelas mesmas provações que estamos atravessando agora. Esse é um curso constante que tem sido seguido desde a eternidade, ainda está e continuará se repetindo por toda a eternidade.” (1)
E, referindo-se especificamente ao nosso mundo, ele explicou:
“Nunca houve tempo em que não existisse uma Terra como esta, povoada por homens e mulheres (...) Nunca houve princípio nesta ordem da Criação na qual nos encontramos.” (2)
Logicamente, se houvesse um princípio absoluto de tudo, também teria que haver um fim absoluto. O Profeta Joseph Smith usou o simples recurso de um anel para ilustrar este conceito:
“O que tem princípio certamente terá fim; um anel, por exemplo, não tem princípio nem fim – cortemo-lo para ter um princípio e ao mesmo tempo teremos um lugar onde termina.” (3)
De modo semelhante Brigham Young acrescentou:
“Suponham que disséssemos que em alguma época ocorreu o princípio de todas as coisas; seríamos então forçados a concluir que haverá necessariamente um fim para tudo. Será que a eternidade pode ser circunscrita? Se pudesse, haveria fim para toda a sabedoria, todo o conhecimento, poder e glória – tudo mergulharia em aniquilação eterna. (4)
Contudo, disse ele, isso nunca acontecerá, porque “nunca haverá um fim”. (5)
Como conseqüência, é claro que nunca houve um “primeiro Deus”, uma “primeira Terra”, um “primeiro homem”, ou uma “primeira” outra coisa qualquer. Não existiu nenhum princípio absoluto, nem haverá nenhum fim absoluto.
1 – Brigham Young, 8 de outubro de 1859, JD 7: 333.
2 – Brigham Young, 28 de setembro de 1862, JD 10: 1.
3 – Joseph Smith, 5 de janeiro de 1841, Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pág. 176, em português.
4 – Brigham Young, 10 de julho de 1853, JD 1: 353.
5 – Brigham Young, 3 de junho de 1855, JD 2: 307.

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