domingo, 19 de abril de 2015

Existe progresso entre reinos? (Celestial,Terrestrial,Telestial)

Lembrando que este assunto não tem sido falado em tempos atuais e por nossos profetas vivos, porém foram falados no início de nossa dispensação e mais recentemente pelo Elder James E. Talmage.
Existem muitas moradas...níveis dentro do telestial e terrestrial são inúmeros, já no celestial temos conhecimento de três, e parece evidente que passar de um grau para outro não vem acompanhando de glória e exaltação mas apenas da permissão de entrar num reino maior do que o recebido inicialmente.

Haverá progressão entre os graus e reinos? O mormonismo ensina que Deus tem um plano de progresso eterno para seus filhos. Fazem parte desse plano três diferentes reinos de glória – telestial, terrestrial e celestial -, cada um possuindo em si diferentes graus, os quais serão herdados de acordo com nossa obediência ao plano. 
Uma das lacunas na atual doutrina sud é a possibilidade ou não de progresso de uma grau a outro no mesmo reino ou de um reino a outro. Alguém que herdou a glória terrestrial poderia, ao longo das eras, subir a uma esfera celestial?


As respostas que ouviríamos hoje na Igreja podem variar de um sincero “não sei” a um categórico “não!”. A literatura oficial da Igreja hoje parece não abordar tal tema, preferindo enfatizar que o progresso eterno será apenas acessível aos que forem exaltados. Mesmo assim, o progresso eterno parece ser relativizado por algumas afirmações de que Deus não está progredindo porque já progrediu plenamente. Nesse sentido, o progresso eterno não seria em termos de conhecimento ou retidão pessoal, mas seria o progresso dos seus filhos.


Brigham Young defendeu o conceito de que não poderia haver um limite para o progresso de um ser, pois ele seria condenado a um retrocesso:
O trabalho de Deus é ver que todos se tornem celestiais assim como ele. Depois das pessoas terem sido designadas a diferentes graus de glória, não é o fim do seu progresso. Elas continuarão a avançar acima, até que todos dobrem os joelhos e se tornem seres celestiais. Se o progresso cessasse em algum lugar na eternidade, em quaisquer dos reinos, elas seriam imediatamente jogadas para o caminho de retrocesso. (Journal of Discourses 1:350)

Na primeira edição do livro Regras de Fé, de 1899, o apóstolo James E. Talmage fala sobre a possibilidade de avanço entre graus e reinos:
É razoável acreditar, na ausência de revelação direta pela qual conhecimento absoluto do assunto pudesse ser adquirido, que, de acordo com o plano Deus de progresso eterno, avanço de um grau a outro dentro de qualquer reino, e de reino a reino será provido. Mas se os que recebem uma glória menor serão capazes de avançar, certamente as inteligências de um nível maior não serão impedidas em seu progresso; e assim podemos concluir que graus e níveis sempre irão caracterizar os reinos de nosso Deus. A eternidade é progressiva; a perfeição é relativa (…) (Talmage, Articles of faith (Regras de Fé), 1899), páginas 420-421)
Ainda que Talmage diga não haver uma revelação específica sobre o tema, ele afirma estar de acordo com a doutrina revelada acreditar na progressão entre reinos, além de apontar para o fato que que não há uma perfeição absoluta, mas sim relativa. O parágrafo acima foi retirado de edições subsequentes do seu livro.
O progresso espiritual é eterno? Ou encontra um ponto final? Como discutimos no início desta série, várias afirmações feitas por autoridades gerais no séc. XIX apontam para a possibilidade de progresso do ser humano por toda a eternidade, sem um ponto final.
No ano de 1855, Wilford Woodruff ouviu Brigham Young falar a respeito do tema, após terem realizado um círculo de oração:

Conversando sobre diversos princípios, o Presidente Young disse que ninguém herdaria esta Terra quando ela se tornar celestial e transladada para a presença de Deus, a não ser aqueles que seriam coroados como Deuses e capazes de suportar a plenitude da presença de Deus, mas eles teriam permissão para levar consigo alguns servos por quem seriam considerados responsáveis. Todo os outros teriam que herdar um outro reino, aquele reino de acordo com a lei que haviam guardado. Ele disse que eventualmente eles teriam o privilégio de se provarem dignos e avançar a um reino celestial, mas este seria um progresso lento. 
Na citação acima, Brigham Young fala do avanço entre reinos, incluindo ao reino celestial.

2 comentários:

Marcos Rosa disse...

Sempre pensei nisso; me chamaram de louco.
Adorei saber que alguns, "poucos" compartilham da mesma idéia.

Unknown disse...

Muito diferente da doutrina bíblica... difícil acreditar em algo que não condiz com a Bíblia.