sábado, 9 de maio de 2015

Gestão Eficaz do Tempo na Sala de Aula


Baseado em texto do irmão Scott H. Knecht (knechtsh@ldsces.org) é diretor assistente de área dos Seminários e Institutos de Religião do sul da Califórnia. 
Quantas destas cenas nos são bem-conhecidas?
• A aula começa e o professor começa por dizer: “Há muitos assuntos a serem tratados hoje e não sei se teremos tempo suficiente, mas faremos nosso melhor.”
• A aula vai muito bem até uns dez a quinze minutos antes do final quando o professor repara no relógio, entra em pânico e diz: “Não há jeito de abordar tudo isso,” e daí corre feito um louco até o final da aula.
• Chegou a hora de encerrar a aula e o professor ainda está falando. Passou da hora e os alunos estão nervosos, juntando as coisas e começando a sair da sala um por um. O professor implora que fiquem para discutir “só mais um ponto importante.”
Todos estes cenários são o resultado de má administração do tempo. Quando o professor não consegue controlar o tempo, o Espírito se sente desprezado e a aprendizagem do aluno sofre.

Eis alguns conselhos:

1. Pensem em questões de pontualidade ao prepararem a sua aula. Perguntem a si mesmos algumas destas perguntas: Quanto tempo acho que essa discussão vai durar? Que perguntas a mais surgirão a partir desta pergunta principal? Quais são alguns dos pontos que espero que venham à mente dos alunos por meio dessa atividade? Quanto tempo precisamos no final da aula para permitir a aplicação eficaz? E talvez a pergunta mais importante: O que estamos realmente tentando fazer na aula de hoje, abranger uma grande quantidade de material, ou ajudar os alunos a realmente aprender alguns princípios e doutrinas importantes?
2. Façam-se cientes do tempo na aula. Aprendam a olhar regularmente para o relógio na parede ou a seu relógio de pulso. Façam algumas marcas visíveis em seu plano de aula dos tempos aproximados que você espera estar em determinados pontos. Fiquem cientes de onde vocês estão e onde vocês gostariam de estar.
3. Direcionem a discussão na sala de aula. Alguns alunos gostam de divagar e dominar o tempo. Aprendam a ajudá-los de forma mansa a resumir as coisas e serem mais concisos. Não tenham medo de dizer coisas tais como: "Vamos permitir apenas mais um comentário sobre esta questão, em seguida, seguiremos em frente." Cada classe parece ter alguns alunos que querem discutir mais o assunto e outros que já não prestam atenção. Cabe ao professor manter a maioria dos alunos envolvidos e interessados para que possam investigar e aprender mais ao fundo. Isso pode exigir que vocês sigam para a frente. Prosseguir às vezes se torna difícil quando os estudantes querem continuar a falar sobre determinado assunto. De modo geral, procuramos sempre mais participação por parte dos alunos e solicitamos mais comentários. Quando os alunos começam a participar, sentimos bem e nos parece contra-intuitivo pararem de fazer comentários sobre o assunto só para fins de seguir em frente. Mas se o Espírito estiver na sala de aula e os alunos estiverem envolvidos, podem ter certeza que ao dar proseguimento e reiniciar o processo de aprendizagem eles permanecerão envolvidos e começarão a ver as relações e conexões entre sua própria vida e uma grande variedade de passagens, princípios e doutrinas das escrituras.
4. Não façam comentários negativos sobre o tempo. Os estudantes raramente, ou nunca, sabem o quanto os professores acham que precisam realizar em um determinado período de tempo. Tornamos o tempo nosso inimigo quando somos escravos do relógio e logo dizemos isto à classe: "Olhem o relógio; nunca há tempo suficiente!" Estejam suficientemente cientes de onde vocês estão para que os estudantes tenham tempo suficiente para digerir o que estão aprendendo. Desta maneira vocês terão tempo suficiente para lançar-lhes desafios de fazerem mudanças positivas na vida, e tudo isso em tempo hábil. Anunciar a sua frustração com a falta de tempo só serve para passar essa frustração aos alunos.Eles não precisam saber e tais comentários não ajudam ninguém.
 5. Sejam sempre sensíveis aos sussurros do Espírito. Nossos melhores esforços no planejamento e programação das aulas precisam ser revistos quando, ao decorrer da lição, chegamos a um verdadeiro ponto de testemunho e poder. O Espírito nos dirá quando chegar este momento e nós deveremos aprender a responder da forma correta. Mas também haverá outros momentos em que o Espírito vai nos inspirar a prosseguir justamente para chegar a um desses pontos de testemunho e poder. O professor tem que possuir a coragem de levar a classe a este ponto, mesmo que tenha que passar menos tempo (ou até omitir) abordando outros assuntos.
              A situação ideal consiste em sermos capazes de criar na aula um ambiente seguro no qual os estudantes podem perguntar, responder, criar, testemunhar e arrepender-se, tudo dentro do tempo designado para a classe. Algumas aulas são de cinqüenta minutos, outras de noventa minutos e ainda outras de duas horas ou mais. O professor que aprende a fazer o que o Espírito ordenar dentro do prazo estipulado não só cria o ambiente "tranquilo" de que o Élder Holland falou, mas também honra o tempo e o arbítrio dos alunos, assim edificando-os. Quanto mais eles se sentem edificados, mais fácil se torna ajudá-los a aprender.

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