domingo, 23 de novembro de 2014

Consagrar a vossa ação - 7


Muitos ignoram a consagração por parecer algo muito abstrato ou desanimador. Contudo, a pessoa cônscia de suas imperfeições sente o descontentamento divino em relação a seu pequeno progresso associado à procrastinação. Seguem-se, portanto, alguns conselhos para os membros da Igreja, confirmando essa orientação, incentivando-os a prosseguirem a jornada e consolando-os ao encontrarem algumas dificuldades.
A disposição de sermos espiritualmente submissos não é algo que desenvolvemos instantaneamente, mas, sim, gradualmente, subindo os degraus que, afinal de contas, foram feitos mesmo para serem galgados um a cada vez. Nossa vontade pode chegar a ser “absorvida pela vontade do Pai” e estaremos “dispostos a submeter-[nos] (…) como uma criança se submete a seu pai”. (Ver Mosias 15:7; Mosias 3:19.) Caso contrário, embora nos esforcemos, continuaremos sendo fustigados pela turbulência do mundo por estarmos parcialmente afastados do rumo.
Seria útil analisarmos alguns exemplos de consagração temporal. Quando “Ananias e Safira venderam suas propriedades, eles “[retiveram] parte do preço”. (Ver Atos 5:1–11.) Muitos de nós nos apegamos firmemente a uma “parte” específica de nós mesmos, tratando nossas obsessões como se fossem propriedades. Assim sendo, não importa quanto já tenhamos dado, a última porção é a mais difícil de ser ofertada. É claro que uma oferta parcial continua sendo louvável, mas se assemelha muito a uma desculpa do tipo “já contribuí no ano passado”. (Ver Tiago 1:7–8.)
Podemos ter, por exemplo, um conjunto específico de habilidades e talentos que, sem dúvida alguma, são nossos. Se continuarmos a apegar-nos a eles mais do que a Deus, estaremos deixando de obedecer plenamente ao primeiro mandamento. Como Deus está nos “apoiando de momento a momento”, o excesso de apego e devoção a essas coisas não são recomendáveis! (Mosias 2:21)
Outra pedra de tropeço surge quando servimos a Deus generosamente com nosso tempo e dinheiro, mas continuamos retendo parte de nosso eu interior, o que implica que ainda não somos inteiramente Seus!
Alguns encontram muita dificuldade quando determinadas tarefas chegam ao fim. João Batista, porém, foi um grande exemplo, ao declarar o seguinte acerca do crescente número de seguidores de Jesus: “É necessário que ele cresça e que eu diminua”. (João 3:30) A falsa noção de que nossas designações são o único indicador de quanto Deus nos ama aumenta nossa relutância em desapegar-nos delas. Irmãos e irmãs, nosso valor individual já foi divinamente determinado como sendo “grande”, e não varia com as oscilações da bolsa de valores.

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